Meu fascista favorito é uma expressão que, à primeira vista, pode parecer inofensiva ou até mesmo engraçada. Afinal, como alguém pode ter um fascista como seu favorito? No entanto, essa frase é emblemática de um problema muito maior e perigoso: a idolatria política.

A idolatria política se caracteriza pela adoração incondicional a um líder político ou a uma ideologia, independente das consequências ou dos devaneios autoritários que possam surgir. É quando se atribui a um indivíduo ou grupo a capacidade de salvar um país ou resolver problemas complexos, sem permitir o debate ou questionamento das suas ações.

O fascismo é uma das consequências mais graves da idolatria política. Ele se sustenta em ideias de nacionalismo, autoritarismo e exclusão de minorias, e já mostrou ser capaz de produzir os mais terríveis genocídios da história. Portanto, quando alguém se refere a um fascista como favorito, há um claro sinal de que algo está muito errado.

Infelizmente, a idolatria política é um problema bastante comum em diversas partes do mundo. Ela pode surgir tanto em regimes autoritários como em democracias aparentemente consolidadas, em que as instituições são corrompidas e o discurso de ódio ganha espaço. Muitas vezes, essas ideologias são difundidas por meio de discursos manipuladores, que exploram medos e desejos muitas vezes legítimos da população.

A idolatria política é um convite ao autoritarismo. Quando não há espaço para o debate, o questionamento e a divergência, a democracia perde seu sentido e suas bases. As vozes dissonantes são silenciadas, e a população acaba sendo vítima de políticas autoritárias que ignoram seus direitos básicos.

Portanto, é essencial que cada cidadão tenha consciência da importância de enxergar além das ideologias e valorizar a democracia e os direitos humanos. Ao se deixar levar pela idolatria política, estamos abrindo as portas para um futuro perigoso e incerto.

Em tempos de polarização política, é ainda mais importante que cada um faça sua parte para combater a idolatria e defender o valor da diversidade e da liberdade. Isso implica em estar atentos às manipulações políticas, valorizar o diálogo e a tolerância, e sempre enxergar o outro como um ser humano, digno de respeito.

Não podemos permitir que a história se repita. O fascismo é uma página triste da história, e jamais deveria ser objeto de idolatria. É hora de colocarmos um fim na perigosa idolatria política e lutarmos pela democracia e pelos direitos humanos.