A cada ano que passa, a humanidade tem se dado conta do quão grave é a questão da mudança climática. As consequências são notórias não só em elementos naturais, mas também na fauna e flora, e, até mesmo, no bem-estar humano. O aumento da temperatura, dos eventos climáticos extremos e do nível do mar são sinais alarmantes, porém reais, da catástrofe que pode estar a caminho.

As interferências antropogênicas, ou seja, as atividades humanas, contribuem para agravar esses efeitos e, principalmente, o aquecimento global. A principal forma em que isso ocorre é através do aumento da emissão de gases de efeito estufa, como o dióxido de carbono, que resultam na acidificação dos oceanos, no derretimento das geleiras e no aumento da temperatura global. Infelizmente, ainda há muitos detratores do assunto, que evitam lidar com a realidade e tentam justificar suas atitudes negativas em prol dos interesses econômicos, esquecendo-se de que, a longo prazo, não serão apenas os ecossistemas que colapsarão, mas a própria economia mundial.

Mas, não há o que negar: a mudança climática é um fenômeno muito real e muito presente. A escalada constante da temperatura dos oceanos pode impactar profundamente a sobrevivência dos corais e dos peixes, e, consequentemente, dos seres humanos que dependem da pesca. Alguns eventos climáticos extremos, como ciclones, enchentes e secas prolongadas, que já fazem parte da rotina em muitas regiões do mundo, causam não só perdas económicas, mas também levam a mortes e desabrigamento de pessoas.

A mudança climática pode ainda causar problemas graves na produção de alimentos e em outros serviços ecossistêmicos. Como a atividade pluvial tende a se tornar mais irregular em muitas regiões, a produção de alimentos pode ser significativamente afetada, resultando em escassez de alimentos para grande parte da população global.

Embora a mudança climática possa parecer um problema do futuro, suas consequências já são bastante evidentes. E, apesar de ações individuais podem e devem ser tomadas para reduzir as emissões de gases de efeito estufa, a verdade é que medidas efetivas só podem ser tomadas por meio de políticas públicas e cooperação global. Medidas simples, como o uso de energia limpa, proteção de florestas e desenvolvimento de transportes mais eficientes, poderiam ajudar significativamente para reduzir a emissão de gases. A cooperação internacional também é chave para enfrentar a questão, uma vez que não há um único governo que tenha poder para mudar as condições do clima global.

Diante do cenário atual, em que os efeitos da mudança climática já são não só evidentes, mas também extensos e complexos, cabe lembrar que mudar o curso da história requer contemplar o futuro com correções nas escolhas realizadas agora. Cabe a todos fazer algo para impedir que os céus desabem de vez, impactando a vida de gerações futuras.